quinta-feira, julho 13, 2023
Caminhos
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Hoje é um daqueles dias comuns – como todos os demais, no qual cada um segue conforme antes, sem nenhuma novidade abaixo do sol, que desponta clareando o céu azul, sem nuvens, enquanto os pássaros voam e revoam – em busca de alimentos, e nas montanhas, ao longe, a névoa se dissipa lentamente.
O tempo – que sequer existe – parece parado, apenas a mente segue pensativa nas razões que fazem – ou levam a – uns terem paz e outros nenhuma, serem felizes ou tristes.
A paz e a felicidade não vêm de fora, porque reflexo do que o coração dita – ou sente.
A calma observação do derredor e o balanço da rede fazem a mente flutuar num mar calmo e magnífico e lembram que somente o hoje existe verdadeiramente, apenas aqui e agora somos exatamente como o Criador imaginou nossa humanidade, sem medos, expectativas ou desejos, que diminuam ou interfiram na nossa capacidade de existir plenamente.
A par da brisa suave – que passa sem ser notada, os homens insistem em querer fazer prevalecer suas vontades, em busca de autopreenchimento – com ilusões ou autocomiseração, sem perceber que se afastam de si mesmos a todo instante, indefinidamente.
Mas, afinal, o que tenho eu com os homens, seus devaneios e quereres, quando o livre-arbítrio lhes garante pensar e agir livremente?
Que sigam, pois, seus caminhos, assim como segue o sol, que vai já distante, poente no horizonte além.
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