terça-feira, março 14, 2023

Até

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O príncipe deste mundo transformou o divino paraíso num pântano repugnante e demoníaco.

Pessoas – com corações de pedra – acumulam poder e riquezas, seus egos são imensos buracos negros, que sugam tudo o que podem dos que nada podem fazer – que é a imensa maioria dos habitantes do planeta.

Por todo conhecimento adquirido e pela tecnologia alcançada já não deveria mais haver tão extremadas desigualdades, nem miséria, nem fome, nem abandono, nem exclusão dos menos favorecidos – que tampouco deveriam sê-lo.

Mas como sua ganância é incomensurável e seu poder absolutista, nada resta a fazer senão o conformismo autoimposto e a alienação impingida pelos subservientes e indutores manipuladores(?)  meios de comunicação do $istema.

Passam-se anos, décadas, séculos, milênios e o caos parece não ter fim, o poço parece não ter fundo, mas imenso alçapão para as profundezas do inferno.

Enquanto muitos sobrevivem de migalhas, restos e lixo, alguns desfrutam a bolha fantástica do ilusionismo superficial, como se tudo aqui fosse a única e infinita realidade a ser vivida – embora, em verdade, seja uma ínfima parte de uma longa história – e seus umbigos o centro desse universo, apreciando, do alto de sua soberba ignorante, o despencar da humanidade despenhadeiro abaixo.

Até quando Senhor?

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"Vai, e dize a este povo: Ouvis, de fato, e não entendeis, e vedes, em verdade, mas não percebeis. Engorda o coração deste povo e faze-lhe pesados os ouvidos, e fecha-lhe os olhos para que não veja e não ouça com os seus ouvidos, nem entenda com o seu coração, nem se converta e seja curado.

Até quando Senhor?

E respondeu: Até que sejam desoladas as cidades e fiquem sem habitantes, e as casas sem moradores, e a terra seja de todo assolada."

Isaías 6:9-11
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