Reino

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Difícil encontrar humanos – raros – cujo ego não seja o dominador e controlador dos pensamentos e ações, em graus diversos de condução e manipulação - de si e dos demais.

Há aqueles que tentam fazer crer estar no comando o Ser, pela inteligência e perspicácia, senhores(?) de si em atitudes e palavras, embora não consigam fazê-lo permanentemente e sem mácula.

Outros nem se importam em manter sua pequena humanidade em atuação constante, automatizados por padrões inquestionados e reprisados instintivamente, sem censura e sem atentar para quem são, porquê e para quê.

Embora o gênero humano esteja inserto e classificado no reino animal - discrepando e ressaindo, contudo, sobre todos os demais, pelo diferencial determinante que o exclui definitivamente desse nicho: a faculdade de pensar e criar – é a única espécie do planeta verdadeiramente capaz de evoluir - sair das cavernas e progredir... indefinidamente.

Seres humanos, em Realidade, fazem parte do Reino Divino. 

Imensa maioria, porém, pela inoculação memorial, ortodoxia científica e enquadramento social, parece(?) mesmo compor o "animalia", tão compenetrada e pronta a cumprir tarefas e alcançar objetivos pré-programados, por indução, proposição ou imposição – própria ou alheia.

Há, contudo, os que o transcendem, observam-se, questionam a razão e vislumbram além do perceptível pelos sentidos, do imaginável pela intelectualidade e do exequível pela capacidade motora de realização no mundo visível.

Quem sou?

Para que vim?

Para onde vou?

Questionar pode ser – para uns – natural.

Escolher – entretanto – é preciso!

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