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O que dizer?
Aceitar,
simplesmente, que se acredite no que quiser – porque assim é pra cada um e
assim seja?
Olhando nos
próprios olhos e fixando a alma além-corpo percebemos a consciência que É –
além-razão.
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Meu
semelhante é meu reflexo.
Se sorrio
ante o espelho a imagem me sorri – e mostra quem sou.
Nossos
pensamentos e nossas atitudes – responsabilidade pessoal exclusiva – determinam
o nosso caminho e o nosso caminhar.
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Fazemos
igual aos outros e eles a nós. Afinal, somos semelhantes.
Esperamos
que façam diferente para que, então, mudemos nós?
E se
fizermos sem esperar que alguém faça diferente primeiro?
E se
fizermos como alguns – poucos – e encontrarmos o que encontraram?
E
se...?
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Se se
acredita que podemos limitar o Ser, digo: Sim. Esse é um direito inerente ao
livre-arbítrio - que, aliás, corresponde ao padrão humano desde as cavernas, a
par de todas as conquistas.
Homem-corpo, e mulher-corpo também, isso é o que a "cultura ancestral" tem feito do homo sapiens sapiens
Mas, se
pensamos - por algum acesso de inconsciência ancestral e profundo - que podemos
anular nossa condição "divina", a resposta é, simplesmente: Não. Não
se pode eliminar a energia criada - quem somos essencialmente - embora possamos
alterá-la: condensá-la ou sutilizá-la, por escolha.
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Consciência
tem relação direta com “estado de atenção” e, por isso, pode ser observada, num
nível de percepção personalíssimo e intransferível.
Tudo se
realiza a partir da vontade: ideia, proposta, disposição, atenção, exercício... - ou não.
Shopping ou
natureza? Multidão ou solidão? Exterior ou interior? Ego ou Ser?
Não se pode
existir em dois mundos. Não se pode ter consciência e, ao mesmo tempo, se
entregar ao arbítrio do imponderável.
Somos do
tamanho que acreditamos ser. Portanto, a aventada distância entre
"possibilidade" e "realização", porque se crê - assim - se faz presente.
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O que está
“errado”? O que é erro? Quem julga... e avalia? Quem tem tal poder e, mais,
imparcialidade, equilíbrio, dom?
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O estado de
Ser muda sempre, como o mar, que nunca está igual e é sempre o mesmo...
perfeito.
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Consciência
é ausência do estado de sono – cujo inebriamento não é inadvertido, mas provém da deliberada desatenção humana, ou melhor, do relevante desinteresse e
da consequente - e evidente - indisponibilidade para o despertar.
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“Cinema
mental” é arte do ego no entretenimento pessoal. Ele é "o Mestre" do
diálogo interno. Incessante, exigente, julgador, possessivo, egoísta por
excelência, mas do encantamento também altruísta e generoso - quando convém.
O
ego é "o Senhor" do apego - às formas do mundo, mantenedor
plenipotenciário do status
quo exclusivamente humano.
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Contrariamente
ao que se acredita - e prega, pode-se, sim, despertar do sono - cada um por si, quando quiser acordar, jamais quando alguém quer que acorde.
Esse é o “tempo
de cada um”, que deve ser respeitado, em nome do Amor.
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Se é chegado
o seu tempo, acorde!
Se acordou, respire. Agradeça. Observe o Ser que É - que há, que faz inspirar,
expirar, existir, viver, poder realizar, criar aqui e agora.
Olhe adiante, há um bom caminho até a iluminação. Melhor, então, ter sempre em mente que:
Nós podemos tudo! Afinal, tudo é fruto da nossa vontade.
Podemos
deixar pra depois, podemos deitar numa rede, ver o mar, pedalar, olhar as
montanhas e as estrelas? – Sim. Perfeito! O que há de errado nisso?
O que é uma vida em face da eternidade?
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Pessoas nascem, vivem e morrem sem saber quem são. A quê existiram?
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O despertar
é a experiência mais elevada pela qual pode passar a consciência humana.
A
inconsciência é o único "pecado" que existe e a consciência,
por sua vez, é a única virtude verdadeira. É o sopro evolutivo da alma que a
impulsiona à conquista de valores cada vez mais sutis, num constante
processo de aperfeiçoamento e equilíbrio.
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Despertar
é o princípio, consciência e prática cotidiana da neutralização do ego. Exercício da humildade e da aceitação de si, do outro e dos acontecimentos. É o reconhecimento da unicidade que Somos. Exercício do perdão,
que, enfim, é em si mesmo o próprio Amor, razão única e exclusiva da nossa
existência.
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Como querer
saber o que há por trás das estrelas se não sabemos sequer quem somos?
Tudo começa - certamente - pela vontade. Vontade sincera de desconstrução do(s)
personagem(ns), do desfazimento de enganos e do refazimento de sentimentos, e,
mais além, do exercício do desapego ao que é alheio ao Ser e a tudo o
que podemos viver sem.
Sua execução
deve ser inexorável, definitiva e irrecorrível.
O processo,
cada um escolhe – por seu próprio querer.
O tempo,
cada um define – mas, apenas, quando estiver pronto.
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O despertar
é possível.
Libertar-se
é possível.
O portal que
leva ao fim da ilusão - e ao Princípio da Verdade - está bem diante dos seus
olhos.
Vem criança, acorda!
A luz da consciência brilha mais do que o sol do mundo... e ela É
Você.
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João Maurício, você escreve coisas que me fazem pensar, coisas sobre as quais nunca pensei, e que, por isso, são lidas, relidas, ruminadas. Há algo, por trás das palavras, que toca meu coração - talvez, o tom acolhedor, talvez, o contato com um entendimento mais humano - ou sublime, não sei - da vida. Vim aqui apenas pra dizer que suas palavras me emocionam - ainda, e apesar dos fugazes encontros, dos inexplicáveis desencontros e das implacáveis escolhas. Namaste.
ResponderExcluirAutoconhecimento é preciso no caminho da consciência.
ResponderExcluirNamastÊ.