quarta-feira, novembro 20, 2013

Ambição

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Ter. Manter. Poder.
A ambição faz o homem lobo do homem.
Torna-o desumano. Estigmatiza o semelhante, corrompe, submete, mata.
Não há em todo universo sentimento mais perverso, conflituoso e tirano.
Quem concedeu ao homem tal desvirtude?
Quem disse ser necessário tê-la e perpetuá-la?
Ah! Homens do meu tempo! Porque manter em si o mal que só tragédia traz?
Como cegar às evidências dos transtornos que ela causa, dos dissabores cotidianos impostos a muitos, por uns que acreditam que ter seja mais importante que ser.
Ambição, irmã da hipocrisia. Faz querer crer que há homens superiores e inferiores, escolhidos e abandonados, capazes e incapazes, ricos e miseráveis.
Até quando a humanidade se mostrará cega à ilusão que destrói os mais nobres valores e vem transformando em inferno o paraíso criado para sua experiência em corpo e alma.
A história da humanidade mostra – com clareza induvidosa – que a ambição agrega dominação e exclusão, sendo a fonte da estrutura piramidal na qual a base trabalhadora, inculta e sofredora, sustenta a elite que a desdenha e espolia.
Não importa o tempo. Conquistas já não são por território, mas por poder.
Os campos de batalha são todos os lugares. Todos lutam contra todos e, embora os objetos e objetivos possam ser diversos, nada há que justifique o conflito – as guerras, forma grotesca e insana de imposição da vontade de uns sobre outros.
Homens do meu tempo! Atentem para o véu que encobre a Verdade. Não permitam que heranças daninhas recriem inimigos, entorpeçam corações ou os disponham a compactuar da insana realidade deste mundo, pois é esse o exato objetivo dos seus “senhores”, cuja "criação" tem por fim, único e exclusivo, controlar para subjugar, separar para vencer.
Que mais há a dizer?
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