terça-feira, março 24, 2009

Vida e morte

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Pergunta que atravessa o tempo sem resposta: – O que é Vida e Morte?
A que serve tudo aqui se a única coisa inevitável e certa é o fim inexorável de todo “vivente”?
Quem pode revelar o sentido oculto por trás da aparente realidade do mundo?
Peço sabedoria e humildade para fazê-lo, expor a luz que não se extingue e a Verdade que não se pode ocultar.
A Vida é anterior à forma – portanto preexistente ao corpo que acreditamos ser e ao mundo onde cremos estar.
Vida é consciência – energia que se “traduz” – aqui – em pensamentos.
Há dois tipos de pensamentos: natural e racional. O primeiro vem da percepção, o segundo da razão. Esta – desde cedo – estabelece os (cinco) sentidos como meio capaz e determinante de formas estruturais personalizadas. Ao pensamento personalizado “vinculam-se” sentimentos, que geram emoções, que resultam em ações – ou omissões.
A adoção de pensamentos de medo serve como elemento “impositor de limites”.
Desde bem cedo nos é “determinado” o que deve e o que não pode ser feito.
O medo é, portanto, o primeiro pensamento “inoculado” nos seres humanos.
Cuidado. Cai. Machuca. Morre. NÃO FAÇA!
O corpo “assume” as limitações que a mente propaga – em nome de sua proteção –, sendo a correlação pensamento-sentimento-emoção determinante da “forma de ver e perceber a realidade” e da diferenciação de características de “personalidade”.
A regra é alimentar-se de “pensamentos racionais padrão”. Ser humano.
A lógica cartesiana do cotidiano se impõe em todos os segmentos da sociedade – cada vez mais globalizada.
O homem vê(?) – desde cedo – suprimida sua percepção – num mundo que oferece cada vez mais “atrativos” aos olhos atentos e cobiçosos.
A percepção humana torna-se, assim, tão limitada quanto tudo mais neste tempo-espaço, e, sem paradigmas de “antes” e “depois”, concedida está a permissão para que a mente crie seus próprios “referenciais”.
Afirma a razão: não há elementos que embasem a crença de existência além-mundo – sem nada anterior ao nascimento e posterior à morte –, levando a crer, equivocadamente, ser a “vida” “fim em si mesma”, quando, em Verdade, é simples meio entre o “estado” de consciência pura e plena e a prática da razão condicional corpórea.
O pensamento consciente – natural – é aquele em que a percepção “revela” a Verdade sem julgamento.
O pensamento racional é o que analisa e pondera e leva a conclusões padrão – aceitas por sua plausibilidade e eficaz comprovação de seus resultados.
A percepção foi – desde sempre – suprimida pelo racionalismo, pela necessidade de auto-afirmação, pelo egoísmo e vaidade, pela subsequente supremacia de ideias concretas sobre tudo aquilo que se desconhece e não se alcança pelo exercício da razão.
Assim, ainda que cientes da chegada e da partida, não há consciência sobre como “funciona” a Vida e, menos ainda “compreende-se” a Morte – “coisa esdrúxula” que põe em dúvida a perfeição da criação – e do Criador.
Um exercício, simples.
Feche os olhos por um instante. Imagine que possa criar um mundo perfeito.
Um mundo onde cada detalhe é harmônico e maravilhoso e delicioso e aconchegante e ... perfeito.
Abra os olhos. Mire-se no espelho. Perceba além dos olhos. Olhe o céu. Veja o planeta e sua diversidade. O Universo e seu equilíbrio dinâmico e infinito. Observe que tudo – absolutamente – é perfeito.
Acredite!
A morte do corpo não significa fim – de coisa alguma.
Não há desencontro ou perda no Reino da Verdade.
Não há que haver sofrimento ou dor – embora se possa “fazer” isso – como de fato se faz.
Não existe luto no universo – nem fora dele.
Nada justifica a dor “experimentada", exceto a necessidade – inescusável – de autocomiseração, corretamente considerada falsa-humildade e falso-amor, que serve apenas para manter o homem no mais obscuro labirinto emocional – e pessoal –, abandonado pelo seu deus no limbo de um mundo onde tudo o que seria divino passa a ser infernal, com a repudiada e inadmissível morte ao fim da estrada.
Ah! Se todos soubessem que a Vida permeia tudo, até mesmo a morte que se crê real.
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2 comentários:

  1. Muitos nem sabem que Vivem , porque dão valor a bens materiais e quando se fala para apreciar a Vida, as pessoas deixam de comer para emagrecer.
    Em vez de apreciar a verdadeira existência que é a Vida, apreciar a simplicidade e elegância da natureza e da própria Vida.
    A morte nos deixa a lição de que temos de Viver o momento.
    Abraços Amigo

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  2. .
    Muitos não sabem ... pq não querem ... pq acham ... acreditam na realidade q os sentidos mostram.
    Cada um aprecia o q aprecia ... faz parte do livre-arbítrio inerente a todos nós.
    Luz e paz
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